Vale dos Reis

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O Vale dos Reis, ou Wadi el-Muluk em língua árabe, é um vale no Egipto no qual foram construídos túmulos para os Faraós do Antigo Egipto entre a XVIII e a XX dinastias.



O Vale dos Reis localiza-se na margem ocidental do Nilo, oposto a Tebas (actualmente Luxor). Está separado em duas zonas, vale ocidental e vale oriental, com os mais importantes túmulos no vale oriental. O vale ocidental é o que tem o único túmulo aberto ao público, o de Ay, sucessor de Tutankamon.
O Vale dos Reis foi utilizado aproximadamente entre 1539 a.C. e 1075 a.C., e contem cerca de 60 túmulos: o primeiro é o de Thutmose I e o último de Ramsés X ou Ramsés XI.
Graffitis nas paredes de alguns túmulos indicam que era uma atracção já nos tempos do Império Romano.

Resumo
O Vale dos Reis, principal necrópole real do Império Novo do antigo Egito, possui 62 túmulos dos faraós desse período e também os túmulos dos faraós Tutankamon, Ramsés IX, Seti I, Ramsés VI e o de Horemheb. Ainda hoje se continuam a retirar jóias dos túmulos dos filhos de Ramsés II.Não é fácil tentar perspectivas diferentes.



Você já foi ao Egito e teve o oportunidade de visitar o Vale dos Reis na antiga cidade de Tebas atualmente conhecida como Luxor? Visitou tudo?
Se tem essa dúvida ou se não teve a oportunidade de conhecer o Vale dos Reis, veja o que a Necrópole mais famosa do mundo antigo em a oferecer.
O Vale dos Reis ficou conhecido no Antigo Egito por abrigar a maioria das Tumbas de faraós e rainhas do médio e novo império assim também como as tumbas de alguns nobres que trabalhavam para corte.
Algumas tumbas , hoje muito danificadas, tem horário e quantidade de pessoas permitidas a visitação por dia.
Estratégia estabelecida pelos arqueólogos a fim de preservar este patrimônio histórico para gerações futuras.
Ao visitar estas tumbas atente para um detalhe interessante, as tumbas dos faraós geralmente mostram o mesmo em cinas aonde é conduzido pelos deuses na vida após a morte e também cenas do mundo inferior. Já as tumbas dos nobres mostram cenas da vida cotidiana do indivíduo o que nos ensina muito sobre a vida cotidiana no Antigo Egito.
Atualmente o vale dos Reis conta com as seguintes tumbas para visitação:



TUMBAS DA 18ª. DINASTIA
- TUTMOSIS III (KV.34)
- AMENOFIS II (KV.35)
- TUTANKHAMON ( KV.62)
- AY (KV.23
- HOREMHEB (KV.57)

TUMBAS DA 19ª DINASTIA
- RAMSES I (KV.16)
- SETHOS I (KV.17)
- MERNEPTAH (KV.8)

TUMBAS DA 20ª DINASTIA
-RAMSES III ( KV.11)
RAMSES VI (KV. 9)
RAMSES IX (KV.6)

TUMBAS DAS RAINHAS
NEFERTARI ( QV.66)

TUMBAS DOS TRABALHADORES DE DEIR EL MEDINA
- SNNEDJEM (TT.1)
- INHERKHAU ( TT.359)
- PASHEDU ( TT.3)

TUMBAS DOS NOBRES
- KHAEMHAT (TT.57
- SENNEFER ( TT.96)
- REKHMIRE (TT.100)
NAKHT (TT.52)MENNA (TT.69)
RAMOSE (TT.55)
KHONSU (TT.31)
USERHAT (TT.51)
BENIA ( TT.343)

TEMPLOS DE MILHOES DE ANOS
- TEMPLO DE MENTUHOTEP
- TEMPLO DE TUTMOSIS III
-TEMPLO DE HATSHEPSUT

No fundo do fosso

Primeira tumba a ser descoberta desde 1922 no Vale dos Reis ainda não revelou múmias, intrigando arqueólogos
Ian Fisher escreve para o “New York Times":
Fazia 84 anos desde que a última tumba havia sido desenterrada no Vale dos Reis, um cemitério de faraós no deserto escaldante.

E a esperança, é claro, era encontrar múmias. O que mais poderia haver dentro de sete sarcófagos no fundo de uma câmara que, até fevereiro, esteve durante milênios isolada de tudo, exceto dos cupins?
Excelentes travesseiros, para começo de conversa.

"Desculpe, não tenho a menor idéia", disse Elsie Van Rooij, especialista em tecidos antigos, quando questionada por que alguns construtores de tumbas colocaram cinco travesseiros dentro dos sarcófagos de infantis que ela examinava. Caixões normalmente abrigam corpos. Ela nunca havia visto algo assim e, naturalmente, gostou daquilo.

"Uma tumba precisa ser misteriosa", disse.
Depois de três meses de árduo trabalho desde a descoberta de fevereiro, após cinco dos sarcófagos serem abertos, nenhuma múmia havia sido encontrada. Existe, afinal, a chance de que o local não seja mesmo uma tumba, mas um depósito de materiais funerários.

Mas ainda falta abrir um grande sarcófago -o mais intrigante, lacrado, recostado no fundo do espaço, com um capricho sugestivo de que há alguém importante lá dentro.
Os egiptologistas planejam abri-lo, esperando não apenas ver uma múmia mas resolver muitos mistérios da nova descoberta. Eles querem abalar a velha crença de que não há mais nada importante a ser descoberto no Vale dos Reis.
"Se for uma múmia, será uma grande descoberta", diz Mansur Boraik, autoridade do patrimônio histórico egípcio em Luxor.

A teoria de que deve haver uma múmia no último caixão ganhou reforço em 24 de maio: um pequeno sarcófago dourado, que sugere realeza, foi encontrado sob travesseiros.
Se há uma múmia, Boraik tem um bom palpite sobre quem deva ser: Ankhesenpaaten, viúva de Tutancâmon. Um selo achado no fundo do fosso traz parte de seu nome.
Esperanças à parte, nunca foram sugeridas que a nova descoberta, chamada de KV-63, fosse de relevância comparável à KV-62, a última tumba desenterrada, em 1922.
Esta abrigava a múmia de Tutancâmon e um dos maiores tesouros egípcios já encontrados. O vale não revelou nada melhor desde então.

A nova descoberta é só uma câmara sem adornos, no fundo de um fosso que a equipe do egiptologista Otto Schaden, da universidade de Memphis (EUA), descobriu em 2005.
Ele escavou diversos locais ao redor de algumas casas de operários perto da tumba do faraó Ay, último rei da 18ª dinastia.
No último dia da escavação, no último lugar possível, ele se deparou com o que agora chama de "situação incomum".
"De repente, havia uma camada escura onde deveria haver apenas pedra", conta. "Então, percebemos que alguma coisa estava por vir."

A equipe chegou ao fundo do fosso, a uns seis metros de profundidade, em fevereiro. As expectativas iniciais eram altas, estimuladas por 28 jarros de argila finamente lacrados e distribuídos ao redor dos sarcófagos.
O estilo da câmara, o tipo de cerâmica e um selo de vinho idêntico a outro encontrado na tumba de Tutancâmon, tudo parecia confirmar que o lugar datava da época da 18ª dinastia. Mas a abertura dos sarcófagos só trouxe enigmas.

O sarcófago infantil continha travesseiros de fino algodão, e Boraik disse não saber de travesseiros guardados em sarcófagos.
Quatro dos outros não continham restos humanos mas alguns jarros de alabastro de excelente qualidade, sais de embalsamamento, linho e montes de cacos de cerâmica.
Os sinais apontavam para a sala como sendo um depósito de materiais de embalsamamento, mas havia algo estranho: sarcófagos egípcios em geral são cobertos com um pouco de resina para preservação, mas neste caso pareciam ter sido lambuzados.

Diversos dos jarros lacrados, que também continham cacos de cerâmica, foram abalroados e colocados dentro dos sarcófagos.
Schaden evita muita especulação -e qualquer que seja a resposta, ela deve vir assim que a equipe finalmente romper o lacre do último caixão.
Mas ele ainda não descarta nenhuma trapaça antiga. "Se há alguém dentro desse último sarcófago, é provavelmente alguém que queriam esconder", diz.

Schaden não acredita que a ausência de múmias, por enquanto, possa ser fruto do ato de ladrões de tumba. "Se uma tumba é roubada, normalmente há um braço aqui, um dedo acolá, o crânio", diz.
Boraik acredita que existe 70% de chance de uma múmia aparecer no último sarcófago.
Os belos travesseiros e jarros de alabastro, o selo quebrado com o fragmento de um nome e o arranjo dos jarros em uma posição de proteção sugerem que este não é só um depósito.
"Espero que esse sarcófago acabe com o mistério."

Créditos:
Fonte: pt.wikipedia.org
Fonte: www.olhares.aeiou.pt
Fonte: www.geocities.com
Fonte: www.mariomarcia.com