Astrologia Cabalística - O mês de Shevat - Aquário

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Astrologia Cabalística – O mês de Shevat – Signo de Aquário

O mês de Shevat, décimo primeiro mês do calendário hebraico, é regido por Saturno.

Em hebraico, Aquário , é D'li, que quer dizer balde ou jarro, e o signo é representado por um carregador de água despejando água. Como sabemos, a água é o símbolo da misericórdia e da purificação. Aquário é o canal para apaziguar o mundo e o signo da abundância; tudo é despejado e compartilhado, sem fazer contas.

As letras em hebraico , do mês de Shevat são o Bet, que criou Saturno, e o Tzadi, que criou o signo de Aquário. A letra Bet simboliza a centralidade: ela manifesta o equilíbrio e o balanço, e é também a força de bênção ou aprovação. A letra Tzadi significa "justo", que indica equilíbrio. Durante esse período, nos é dada a oportunidade de revelar verdade e luz. Por causa disto, o mês de Shevat é considerado o Mês da Redenção.

Aquário segue Capricórnio no ciclo do zodíaco e também é regido por Saturno. Por acaso o fato de ter o mesmo planeta regente implica que esses dois signos possuem qualidades similares? Na verdade não, e aqui está o porquê: Se olharmos de perto para Saturno, veremos que um aspecto está virado para o sistema solar em direção ao Sol, enquanto o outro se direciona para fora, para a infinitude do espaço. O primeiro aspecto influencia Capricórnio, enquanto o último afeta Aquário. Enquanto Capricórnio encara limitações, Aquário encara a infinidade. Isto faz com que os dois signos tenham características quase diametralmente opostas. Enquanto os capricornianos passam suas vidas construindo estruturas e sistemas, os aquarianos passam suas vidas destruindo-os.

Aquarianos são singulares. Não dá para ignorá-los. Na infância demonstram ser uma grande promessa. Como adultos, são idealistas que lutam para mudar o universo através de idéias originais. Eles são rebeldes com muitas causas; sua preocupação é o bem-estar da humanidade como um todo.

Embora os aquarianos busquem justiça para todos, essa busca ocorre num nível global, não num nível pessoal. Eles apóiam causas grandes e nobres, mas freqüentemente deixam de ajudar aqueles que estão sofrendo por perto. Preferem lidar com os direitos sociais de uma nação inteira do que lidar com os problemas de amigos próximos. Duas razões sustentam essa aparente contradição: primeiro, geralmente falta aos aquarianos um sentido prático; segundo, os aquarianos são apaixonadamente independentes e privados. Movidos por seu anseio pela originalidade, eles se põem em separado da multidão. Apesar de sua amizade e abertura mental, os aquarianos pertencem ao mais teimoso de todos os signos. Eles rejeitam todas as estruturas estabelecidas. Seja no casamento, seja no trabalho, os aquarianos lutam para manter sua individualidade e liberdade para poderem exercer suas idéias inovadoras. Eles detestam ser detidos e destroem todas as limitações em seu caminho. Teoricamente, os aquarianos estão aqui para demolir as estruturas e sistemas, para derrubar muros.

No entanto, os muros mais espessos que eles encontram são, com freqüência, os muros de seus próprios egos. Mesmo quando começam a fazer mudanças em suas vidas, os aquarianos tendem a concentrar sua atenção no exterior, e continuam imutáveis no fundo de seus corações.De acordo com os cabalistas, nossa era atual começou há cerca de 400 anos e é chamada de diversas maneiras: Era de Aquário, Era da Revelação ou Era da Redenção. Por que Shevat/Aquário simboliza a redenção? Porque os aquarianos percebem o mundo como sendo unificado, e os cabalistas consideram que esta é a base da verdadeira redenção. A redenção é o momento em que toda a negatividade é purificada, quando a humanidade fica livre do mal e da fragmentação. Por causa de seu nível de consciência mais elevado, os aquarianos estão diretamente ligados a esse momento de redenção.

Na tradição cabalistica, o ano-novo do reino vegetal é celebrado no 15° dia do mês de Shevat/Aquário por causa da energia poderosa manifestada durante esse período. A vegetação é a única força no mundo físico que parece ser capaz de superar a força da gravidade, a qual, na Cabala, é a expressão mais poderosa do Desejo de Receber. Como as árvores e plantas, os aquarianos têm o poder de quebrar as limitações do mundo físico.Mas para tornar esse poder manifesto, os aquarianos precisam controlar os aspectos de sua natureza que interferem na sua realização. Para compreender como controlar a natureza de um signo em particular, a astrologia cabalística freqüentemente olha para seu oposto. No mapa astrológico, o signo oposto de Aquário é Leão: Leão é "o rei", enquanto Aquário é "o povo". Isto nos diz que os aquarianos certamente têm a capacidade de ajudar a humanidade, desde que suas próprias idéias não se tornem mais importantes que a causa em si.

Os aquarianos precisam aprender que se preocupar com a sociedade não significa negligenciar o individual. Verdadeira espiritualidade significa ser parte da humanidade, não estar acima dela. Infelizmente, os aquarianos geralmente têm uma opinião tão alta de si mesmos que impor suas próprias visões pode se tornar seu único objetivo. Os aquarianos precisam conquistar seu orgulho sem limites. Nem suas idéias, e nem tampouco suas energias, são de seu próprio feitio. Esses atributos foram entregues a eles para manifestar uma certa força neste mundo. Eles são meramente canais para essa energia, e, portanto, não é conferido a eles o direito à glória pessoal.

Para o resto de nós, o mês de Shevat oferece a oportunidade de nos libertarmos de nossas restrições e conectar com o infinito. Vivemos na Era de Aquário, uma época em que inovações incríveis são parte integral da vida diária. Se os aquarianos são espirituais, é porque o tempo não tem controle sobre eles. Eles concebem o futuro como algo que já está aqui; eles têm somente que revelá-lo. Todos nós podemos usar a influência deste mês para aspirar às mesmas atitudes.

Por: Rabino Philip Berg
Colaboração de Ir.: Luciano Fernandes


SHEVAT
é o décimo primeiro mês e o mês do Ano Novo das Árvores.Este "ano novo" serve como marco para o dízimo de frutos e a idade das árvores (orlá).Festejam-se os sete principais frutos da terra de Israel.

LETRA: tsadik. Significa "justo". Como é dito nos Salmos "o justo como a tamareira frutificará". O fruto mais fantástico e mais aprazível da árvore da vida é o "justo". A flor é a santidade (kedushá) da qual se extrai o mel da Árvore da Vida. Mas seu fruto (onde estão as sementes) são os atos de justiça e justeza. A forma da letra se assemelha a uma árvore.

ZODÍACO: d'li (aquário). Este é o mês em que as chuvas ocorrem em maior quantidade, essenciais para as árvores. O jarro transbordante é um sinal de bênção e, segundo a Torá, a chuva tem relação com nossos atos de justiça. A justiça é a plataforma da sobrevivência.

TRIBO: Asher. Significa "prazer" ou "alegria" (ashrei). Jacó abençoa seu filho Asher dizendo: "dele vem pão delicioso e iguarias para os reis". Simboliza, portanto, o sentido do gosto e do paladar.

SENTIDO: paladar, gosto. O paladar não é só uma medida de qualidade, mas quantidade. O justo se apraz com o que é apropriado, o perverso nunca se contenta. O senso de suficiência é tão refinado quanto o do paladar.

FESTA: Tu bi-Shevat, o Ano Novo das Árvores.

MITSVÁ: celebrar as sete espécies de frutos de Israel.
Este mês cujo nome se assemelha ao do shabat (shevat) manifesta um dos fenômenos mais bonitos da materialidade. Trata-se do casamento das águas com a terra e o oferecimento de seu fruto mais majestoso - a árvore. E da árvore vem o fruto mais sublime que é o gosto. Não há gosto no universo frio e escuro.O ato da criação dá luz, dá frutos, dá espécies e dá shabat. Essa multiplicidade originada na diferenciação depende das águas. As águas de cima e as águas debaixo iniciam um processo fantástico de distinção no qual temos que buscar a equanimidade e a imparcialidade. Tarefa difícil de saber julgar, preservando respeito por tudo e não apenas por nossa predileção.



http://www.cjb.org.br/netsach/calend/calend_ano_05_shevat.htm

A IMORTALIDADE D'ALMA...

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A IMORTALIDADE D’ALMA…
UBERTO RHODES

CONHECE-TE A TI PRÓPRIO E SERÁS IMORTAL...

“Alguns séculos antes de Cristo vivia em Atenas, o grande filósofo Sócrates.
A sua filosofia não era uma teoria especulativa, mas a própria vida que ele vivia.
Aos setenta e tantos anos foi Sócrates condenado à morte, embora inocente.
Enquanto aguardava no cárcere o dia da execução, seus amigos e discípulos moviam céus e terra para preservá-lo da morte.

O filósofo, porém não moveu um dedo para esse fim; com perfeita tranqüilidade e paz de espírito aguardou o dia em que ia beber o veneno mortífero.
Na véspera da execução, conseguiram seus amigos subornar o carcereiro (desde daquela época já existia essa prática...), que abriu a porta da prisão.

Críton, o mais ardente dos discípulos de Sócrates, entrou na cadeia e disse ao mestre:
- Foge depressa, Sócrates!
- Fugir, por quê? - perguntou o preso.
- Ora, não sabes que amanhã te vão matar?
- Matar-me? A mim? Ninguém me pode matar!
- Sim, amanhã terás de beber a taça de cicuta mortal - insistiu Críton.
- Vamos, mestre, foge depressa para escapares à morte!
- Meu caro amigo Críton - respondeu o condenado - que mau filósofo és tu! Pensar que um pouco de veneno possa dar cabo de mim...

Depois puxando com os dedos a pele da mão, Sócrates perguntou:
- Críton, achas que isto aqui é Sócrates?
E, batendo com o punho no osso do crânio, acrescentou:
- Achas que isto aqui é Sócrates? ... Pois é isto que eles vão matar, este invólucro material; mas não a mim. EU SOU A MINHA ALMA. Ninguém pode matar Sócrates! ... E ficou sentado na cadeia aberta, enquanto Críton se retirava, chorando, sem compreender o que ele considerava teimosia ou estranho idealismo do mestre.
No dia seguinte, quando o sentenciado já bebera o veneno mortal e seu corpo ia perdendo aos poucos a sensibilidade, Críton perguntou-lhe, entre soluços:

- Sócrates, onde queres que te enterremos?

Ao que o filósofo, semiconsciente, murmurou:

- Já te disse amigo, ninguém pode enterrar Sócrates... Quanto a esse invólucro, enterrai-o onde quiserdes. Não sou eu... EU SOU MINHA ALMA...
E assim expirou esse homem, que tinha descoberto o segredo da FELICIDADE, que nem a morte lhe pôde roubar."

“CONHECIA-SE A SI MESMO,
O SEU VERDADEIRO EU DIVINO,
ETERNO, IMORTAL...”

Assim somos todos nós seres IMORTAIS, pois somos
ALMA,
LUZ,
DIVINOS,
ETERNOS...
Nós só morremos, quando somos simplesmente ESQUECIDOS...

Eu Janette, frequento o site Rainha Vermelha. Voltado para biologia e medicina, feito pelo Atila Iamarino, sou biólogo e doutorando em evolução de HIV-1. Apaixonado por ciência e viciado em informação.
Hoje ele fala sobre a importância da vacinação contra a gripe H1N1 e sobre os e-mails, que acho que todos nós já recebemos informando erraticamente que não devemos tomar a vacina.
Vejam o que diz o post de Átila:

Conhecimento é extremamente valoroso, mas como alguns doutorandos acabam descobrindo tarde demais seu valor não é cumulativo. Como economistas descrevem o valor do dinheiro, sua utilidade marginal é decrescente. Um mínimo de conhecimento é tremendamente útil, mas para quem já sabe muito, um pouco mais não acrescenta tanto, assim como dentes na boca para alguns. Imagine a diferença que faria para o Amir Klink ler mais um livro sobre orientação por GPS, e o quanto isso acrescentaria para o Adelir.

O problema é que muitos sobrevivem com o mínimo. Param no limiar de conhecimento onde sabem que capim amarelo também é comida e, não morrendo mais de fome, está tudo ok. E fundamentados por esta ampla base técnica geram malditos SPAMs difamando muitas coisas que não entendem, ignorando completamente que a vacina já foi utilizada por milhões de norte-americanos e europeus sem problemas. O mesmo tipo de pessoa que embarca em terapias alternativas completamente duvidosas, desde que se baseiem em métodos naturais. - Como os gêneos que tomam EDTA sem receita na terapia quelante, para retirar os metais pesados do mal do sangue. Pena que leve os metais do bem também, como o ferro.

Mas e o mercúrio e o esqualeno? Como o Ecce Medicus apontou, a quantidade de mercúrio contido no timerosal da vacina (utilizado como conservante) é de 1,25 a 25 μg por dose, menos do que a dose diária máxima, e muito menos do que você consumiria se comesse uma porção de cação em São Paulo (link para um PDF). - Mais um motivo para não comer tubarão.

Já o esqualeno, apontado por alguns como veneno mortal e indutor de paralisia, é um precursor do colesterol e da vitamina D que ocorre naturalmente no nosso corpo e em uma série de outros seres vivos, inclusive é uma das moléculas que deixa nossa impressão digital. Ele é necessário na vacina como um adjuvante, composto que aumenta a imunogenicidade da vacina, ou seja, permite que uma dose menor de vacina provoque a mesma resposta imune. Algo muito importante nesta vacina do H1N1, uma vez que este vírus cresce com dificuldade em ovos e rende menos doses.
Como a OMS explica, ele já foi utilizado em mais de 22 milhões de doses de vacina contra a gripe desde 1997 sem risco associado. - O que mais me irrita é que, provavelmente, muitos dos ignorantes que apontam o esqualeno na vacina desconhecem que ele é muito abundante no óleo de peixes e tubarões, como a maldita pílula de cartilagem "natural" que muitos tomariam sem pensar.

E por que não há doses para todo mundo?Dê uma olhada no sistema de produção de vacinas da gripe atual. Não há como fazer 7 bilhões de doses em ovos, não temos o tempo nem dinheiro para isso. Mesmo que fosse necessário, as doses demorariam para ser produzidas o suficiente para o vírus mutar e não ser mais atacado. Assim, as doses disponíveis precisam ser direcionadas.

Mas não é necessário vacinar a todos. Em uma doença infecciosa, basta que um limiar de pessoas seja vacinado para que as outras estejam protegidas. Por isso as doses disponíveis são direcionadas para os grupos sob maior risco da doença ou mais importantes na transmissão dela. Se você faz parte deste grupo, ser vacinado implica em se proteger e proteger os outros.

Não seja conivente com esta ignorância. Repassar uma mensagem de que vacinas são perigosas sem ter certeza do que ela afirma, afinal isto contraria a opinião da maioria absoluta dos agentes de saúde do mundo inteiro, é dar chance para que a gripe mate quem estaria protegido. Cada vez que você faz isso, Deus o influenza realmente mata uma criancinha.
Para mais:
Esclarecimentos sobre a Vacina para Gripe A H1N1Vacinação contra a gripe H1N1, como, quem e por quê.Spam pela vacinação
http://scienceblogs.com.br/rainha/2010/03/vacine-se_e_convenca_outros_a.php

Yara Lins

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Com 10 anos de experiência, Yara Lins oferece agora em Teresópolis seu serviço de Terapia de Hamonização.
Podendo combinar florais, meditação, cristais e outros tipos de terapia. Entre em contato e marque sua visita.

Melancolia 1514

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Esta extraordinária gravura de Albrecht Dürer de 1514 é um trabalho em gráficos extremamente finos e precisa jogar em todos os níveis de contraste, alto cinza do preto ao branco. Ele apresenta toda a panóplia de o alquimista perfeito pouco com todas as ferramentas necessárias para buscar a pedra filosofal: bússola, ampulheta, balança, poliedros, esfera, Athanor mó quadrados védica, grampos, pregos, cachorro, anjo, nível 7 graus, céu arco-íris, querubim... Planem Todas as ferramentas de inventário surreal e muitos outros são portadores do pensamento simbólico que os maçons estão estudando para encontrar pedra seu próprio filósofo.
Entendemos por isso que o anjo está triste com a visão de trabalho pela frente! ... Mas é realmente? Aqui estão algumas chaves para iniciar a leitura desta obra muito especial: - Seus olhos estão atentos, focados, brilhante. Não reflete não é mais uma lasca fora? Ou iluminação interna? - Um morcego leva o título da gravura. Ele destaca a cena estranha e enigmática. Winged como o personagem central, ela aparece como uma espécie de "eco" do ponto-contras.
Você pode sentir-se ligado à natureza, mas fora de seu controle. - As ferramentas estão ao pé do personagem central: ele abandonou a prova de que é passado da fase de estágio operacional especulativa, que é dizer que ele é gasto a trabalhar no campo para trabalhar em sua mente. Mas essas ferramentas também são símbolos de campos do conhecimento, ao mesmo tempo. A geometria foi redescoberto no Renascimento, é talvez a primeira. - Um poliedro, obra-prima da arte da perspectiva, a arte de construir, está presente nos escombros. Jean Clair está lá como uma "necessidade de ordenar o caos do mundo, mas não conseguiu torná-lo inteligível." - Um cachorro está dormindo no pé do anjo simboliza o lado animal do homem, enterrado no inconsciente. Neutralização permite o acesso à espiritualidade. - As chaves pendurados em seus cintos mostrar o poder, a riqueza do mercado de ações. - O anjo simboliza a inocência perdida da infância, o mito do paraíso perdido. Perto da personagem central, é a projeção quase espiritual.
Mas sua atitude estudiosa (ele escreve) mostra que quando as crianças o trabalho deve ser levantada como uma virtude. Suas asas são aqueles para o personagem central: elas simbolizam o desejo de espiritualidade em oposição ao peso do corpo. Aqui estão algumas dicas para explorar uma obra que ainda intriga. Melancolia pode ser superada pela satisfação do trabalho bem feito e a alegria de descobrir um mundo de fraternidade secular insuspeitas. Tradução do site francês: http://www.fraternite-caraibe.org/article.php3?id_article=31
Colaboração do Ir.: Luciano Fernandes

Cidadão

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Cidadão

Zé Ramalho
Tá vendo aquele edifício moço
Ajudei a levantar
Foi um tempo de aflição
Eram quatro condução
Duas prá ir, duas prá voltar
Hoje depois dele pronto
Olho prá cima e fico tonto
Mas me vem um cidadão
E me diz desconfiado"Tu tá aí admirado?
Ou tá querendo roubar?"
Meu domingo tá perdido
Vou prá casa entristecido
Dá vontade de beber
E prá aumentar meu tédio
Eu nem posso olhar pro prédio
Que eu ajudei a fazer...
*
Tá vendo aquele colégio moço
Eu também trabalhei lá
Lá eu quase me arrebento
Fiz a massa, pus cimento
Ajudei a rebocar
Minha filha inocente
Vem prá mim toda contente"Pai vou me matricular"
Mas me diz um cidadão:"Criança de pé no chão.
Aqui não pode estudar"
Essa dor doeu mais forte
Por que é que eu deixei o norte
Eu me pus a me dizer
Lá a seca castigava
Mas o pouco que eu plantava
Tinha direito a comer...
*
Tá vendo aquela igreja moço
Onde o padre diz amém
Pus o sino e o badalo
Enchi minha mão de calo
Lá eu trabalhei também
Lá foi que valeu a pena
Tem quermesse, tem novena
E o padre me deixa entrar
Foi lá que Cristo me disse:"Rapaz deixe de tolice
Não se deixe amedrontar
Fui eu quem criou a terra
Enchi o rio, fiz a serra
Não deixei nada faltar
Hoje o homem criou asa
E na maioria das casas
Eu também não posso entrar
Fui eu quem criou a terra
Enchi o rio, fiz a serra
Não deixei nada faltar
Hoje o homem criou asas
E na maioria das casas
Eu também não posso entrar"
*

"O Prazer de servir"

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“O PRAZER DE SERVIR”

Gabriela Mistral

Toda a natureza é um serviço.
Serve a nuvem, serve o vento, serve a chuva.
Onde haja uma árvore para plantar,
Planta-a tu;
Onde haja um trabalho e todos se esquivarem,
Aceita-o tu.
Sê o que remove a pedra do caminho, o ódio entre os corações e as dificuldades do problema.
Há a alegria de ser puro e a de ser justo; mas há sobretudo a maravilhosa, a imensa alegria de servir.
Que triste seria o mundo se tudo se encontrasse feito, se não existisse uma roseira para plantar, uma obra que se iniciar.
Não te chamem unicamente os trabalhos fáceis.
É muito mais belo fazer aquilo que os outros recusam.
Mas não caia no erro de que somente há méritos nos grandes trabalhos, há pequenos serviços que são bons serviços:
Adornar uma mesa, arrumar teus livros, pentear uma criança.
Aquele é o que critica; este é o que destrói; sê tu o que serve.
O servir não é faina de seres inferiores.
Deus, que dá os frutos e a luz, serve.
Seu nome é “aquele que serve”.
Ele tem os olhos fixos em nossas mãos e nos pergunta cada dia:
“serviste hoje?
A quem?
À árvore?
A teu amigo?
À tua mãe?”


(Poesia apresentada pelo Ven.: Mestre João Kahl em homenagem ao Ir.: João Brasil)